Nosso roteiro para o EBC
- viajando100pressa
- 2 de jul. de 2017
- 4 min de leitura
Aqui está um dos posts mais esperados, nosso roteiro até o EBC!
Mas antes de contar tudinho, achamos importante você saber que existem outras rotas muito bacanas nessa região. Depois do Base Camp, os mais famosos certamente são os três passes. São trilhas menos movimentadas, que exigem um pouco mais de conhecimento sobre o trajeto, mas que prometem ser muito bonitas também.
Além de bonitas, ouvimos dizer que são rotas um pouco mais em conta que o EBC. Dizem que é possível encontrar hospedagens e alimentação mais baratos.
Nós até cogitamos fazer um dos passes após o EBC, mas acabamos desistindo, pois estávamos um pouco cansados (doidos para voltar à cidade e tomar um banho decente). Mas conhecemos muitas pessoas pelo caminho que encararam o desafio e aprovaram.
Os três passes consistem nos seguintes pontos:
Kongma La (5,535m) Cho La (5,380m) Renjo La (5,388m)
Você pode fazer um, dois ou os três, além de ir ao EBC. De cada um dos passes ainda tem opções de pontos bem bonitos a serem visitados no caminho, como Gokyo Ri (5.483m)

Caso você tenha interesse em fazer esse trajeto, dê uma pesquisada na internet em inglês. É muito difícil achar relatos sobre esses trajetos em português, mas há alguns blogs em inglês que descrevem bastante.
Mas vamos falar sobre nosso roteiro, o famoso Everest Base Camp.
Como já dissemos algumas vezes, optamos por começar nossa caminhada pela cidade de Salleeri (2.200m). Por conta disso, a chegada ao EBC aumentou em três dias. E foram dias de intensa caminhada, muita subida e descida de montanha. Gostamos bastante de ter feito essa opção, pois o visual foi incrível e o percurso foi importante para nos deixar fisicamente e psicologicamente preparados para os dias restantes. Nesses primeiros dias sofremos bastante com as dores musculares, mas depois do quarto dia já estávamos bem adaptados.
Ah, também foi uma preparação super importante para a altitude, já que no primeiro dia subimos de 2.200m para 3.000m e o Rafa sofreu bastante com dores de cabeça. Foi aí que percebemos que realmente não se pode subestimar a altitude, é importante ir devagar e respirar bem.
Nessa parte da trilha você quase não vê turistas, boa parte do trajeto é só você e a natureza. Ficamos encantados com a beleza das montanhas e a simplicidade dos vilarejos. Passávamos pelas crianças nepalês e todas abriam um sorriso enorme nos cumprimentando: Namastê. Essa é a parte mais acolhedora da caminhada, vale a pena fazê-la na ida ou na volta.
Namche bazar (3.550m) é destino para todos independente da rota escolhida. De lá que cada um segue um caminho diferente. É geralmente lá que todo mundo faz a primeira aclimatação. Existem diversas padarias, cafés, restaurantes, pizzarias e lojinhas, então da pra passar um dia lá tranquilo sem ficar entediado.
Depois disso evitamos subir mais de 300m por dia para evitar problemas com altitude, caso subíssemos mais de 300m procurávamos dormir em uma altitude menor que a máxima que atingimos no dia. A técnica funcionou tão bem que não precisamos fazer uma segunda aclimatação. Então nosso roteiro ficou assim:

* Periche é a única cidade em todo o trekking que tem um hospital. A consulta custa 60 dólares.
** Para passar a noite em Lobuche é preciso pagar uma taxa de 500 rúpias. Pagando essa taxa você pode escolher o quarto em qualquer lodge (são só uns 4 ou 5). Caso queira um quarto mais arrumadinho, você pode pagar a diferença de valor.
DICAS
1) Quando sair de Lobuche para Gorakshep deixe uma das mochilas guardada lá no lodge. Leve apenas os itens realmente necessários e evite se desgastar com o peso.
Quando chegamos em Gorakshep também fizemos a mesma coisa. Deixamos nossa mochila no lodge e fomos para o EBC sem nada nas costas.
2) Ainda em Lobuche peça para reservarem um lodge pra você em Gorakshep, pois lá só existem quatro opções de hospedagem que ficam rapidamente lotadas. Nós chegamos por volta de 10h e só achamos vaga em uma delas. Alguns amigos chegaram 30 minutos depois e não encontraram vaga em nenhum.
3) Vá para Gorakshep com todas suas garrafas cheias de água, pois, pelo menos no lodge que ficamos, não tinha água nas torneiras (para colocar clorin) e o litro era vendido por R$12.
4) Durante todo o trajeto é possível negociar as acomodações, pagando apenas pela comida consumida. Quando se está sem guia e porter é mais fácil ainda.
5) Para economizar, prefira almoçar Dal Bhat em restaurantes locais. Observe onde os guias e porters comem, é sempre mais barato.
6) Dá pra fazer o caminho de volta em apenas dois dias, mas é BEM cansativo. Nós fizemos, mas até agora estamos sem acreditar no tanto que andamos. Para vocês terem uma ideia, nós chegamos tão quebrados que fomos direto jantar em uma pizzaria de Namche e comemos 2 pizzas, 3L de Coca e uma fatia de bolo de chocolate. Depois de comer não conseguimos levantar para andar até o hotel, pois as pernas não obedeciam os comandos. Kkkkk
Nosso planejamento inicial era ir e voltar de ônibus, para economizar. Mas aconteceu um imprevisto, que nos obrigou a voltar de avião por Lukla. Mas esse é assunto para o próximo post.
コメント