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Jalapão!

  • Foto do escritor: viajando100pressa
    viajando100pressa
  • 16 de fev. de 2017
  • 6 min de leitura

Não, você não leu errado! O primeiro post desse blog é sobre esse lugar incrível, ainda em terras tupiniquins, que nós visitamos no início desse ano! Eu acho que foi lá que tudo começou! Deve ter sido lá que o Rafael pensou: até que essa garota é legal, dá pra viajar um tiquinho mais longe com ela!( Rafa: tomara que eu não esteja errado) rsrsrs

Então vamos ao Jalapão!

Nossa ideia inicial era sair de Brasília no dia 28/12, mas o carro não ficou pronto a tempo. Quanto mais o mecânico mexia, mais problema aparecia! Somente no dia 30, às 16h, conseguimos pegar a estrada. Seguimos rumo a Natividade-TO, 620 km de Brasília, onde passamos a noite. A cidade é pequena, mas bem bonitinha. Parece Pirenópolis versão mais pacata! Chegamos tarde da noite e nos hospedamos na Pousada do César, que é bem simples, mas atendeu nossa necessidade. Estava rolando um evento na pracinha, então aproveitamos para fazer um lanchinho lá. Ficamos surpresos pois a cidade inteira estava nesse evento! Sabe aquelas cidades de interior onde você pode sair na rua até de madrugada sem sentir medo e ainda encontra vários conhecidos!? No dia seguinte acordamos cedo e passamos na loja de Doces da Naninha. Ficamos viciados nos biscoitos dela! Doces, feitos de polvilho, bem sequinhos.

Dia 31 - Havíamos pesquisado sobre dois lugares muito bonitos que estavam no meio do nosso trajeto, o Cânion Encantado e a Lagoa do Japonês! Para conhecê-los, mudamos o nosso roteiro e pegamos um atalho de terra na cidade de Almas (TO), pra chegar ao cânion. O problema é que pegamos poucas orientações pela internet e com pessoas no caminho. Nas cidades próximas nos disseram que seria melhor ir com um guia, mas preferimos confiar no nosso instinto aventureiro. Deu ruim! Para chegar no Cânion não existem placas, a estrada é deserta, esburacada e toda hora se transforma em duas! Desistimos desse passeio e fomos em direção da Lagoa do Japonês, em Pindorama, e lá se vão mais vários km de estrada de chão. Foi um trilha bem legal, com direito a várias vaquinhas, porteiras e atoleiros no caminho.

Essa fotografia diz tudo, ok? Obrigada!

FOCO!!! Agora sim estávamos a caminho do tão sonhado Jalapão!

No caminho, ainda no asfalto, vimos que o gps marcava a Pedra Furada bem próxima. Resolvemos tentar um atalho,que deu certo, chegamos à famosa Pedra Furada! É bem gostoso estar nesse lugar! Uma tranquilidade, vista linda e aquela pedra gigantesca de arenito esculpida pelo vento e chuva. Queríamos ver o pôr do sol de lá, mas ainda faltava um tempinho e o tempo estava meio encoberto, então preferimos seguir viagem! Ali o terreno já começou a ficar mais complicado e já deu pra sentir como seria dirigir pelas dunas de areia.

Chegamos por Ponte Alta de Tocantins e fomos em direção a nossa primeira parada, a Gruta da Sussuapara. Uma gruta com plantas e água escorrendo por todos os lugares! Vale dar uma passadinha rápida!

No meio do caminho, olha ele lá! Aquele pôr do sol maravilhoso resolveu aparecer!

Nossa primeira noite, de Réveillon, foi em um camping à beira do Rio Novo! O camping da Fazenda Progresso é uma gracinha! Super recomendamos! Quem não tem barraca pode alugar um bangalô lá! Como eu e o Rafa gostamos de um passeio Roots (rsrs), montamos nossa barraca na beira do rio e cozinhamos um jantar delícia na fogueira. Entenda-se: Rafael cozinhou!

Não tinha como virar o ano melhor!

Dia 1 - Passamos a manhã no camping mesmo, pois o lugar era lindo e tinha umas 'praias' à beira do rio! Nosso primeiro passeio do dia foi ao Mirante da Serra do Espírito Santo! Confesso que não imaginei que seria tão cansativo, ainda mais com o sol forte que estava fazendo! Tocantins é muuuito quente, então qualquer trilha fica um pouco mais sofrida! Mas vamos lá.... A subida durou quase 50 minutos e quando chegamos ao topo ainda tinha uma trilha de mais ou menos 3km para o mirante. Como estávamos cansados, não percorremos esses últimos kms e curtimos esse visual:

De lá, seguimos para Mateiros! É nas redondezas dessa cidade que fica a maior concentração de fervedouros, e estávamos ansiosos para conhecer! O primeiro que visitamos foi o Fervedouro Buritis! É difícil descrever o que é aquele lugar! Parece ter sido planejado milimetricamente por um paisagista! É surreal!!!!!!!!! Olhávamos um pra cara do outro sem acreditar no que estávamos vendo! É um poço de água azul, com uma areia branca tão fina que parece polvilho! Ao redor, várias bananeiras lindas! E sim: você não afunda! Rafael parecia uma criança pulando e tentando, infinitas vezes, mergulhar!

Um breve resumo: sob a piscina há um lençol freático e rochas impermeáveis. Como não consegue atravessar essas rochas, a água que nasce é jogada com muita pressão. A água empurra a areia para cima e quem mais estiver por lá! É por isso que não se pode afundar nos fervedouros! Sequer é possível ficar de pé ereto quando se está em cima deles!

Seguimos para a Cachoeira da Formiga, onde passamos nossa segunda noite! Gente, que cachoeira é aquela? Parece a Santa Bárbara, da Chapada, só que muito melhor!!!!! A água é muuuito azul e não é gelada! Poderíamos passar uns 2 dias lá!

Jantar preparado na fogueira

Nessa segunda noite, o nosso jantar foi batata doce, cebola e cenoura cozidos na fogueira! Como sempre, o Rafa mandou bem demais! Inocentes, achamos que não daríamos conta de comer aquele saco enooorme de batatas.... hehehe... não sobrou nadinha pra contar história!

Dia 2 - Fomos acordados por volta de 5h pelas agradáveis galinhas do camping! Nossa vontade era de matá-las, mas o Rafael achou 2 ovos no mato, que garantiram um café da manhã muito feliz, com pães na chapa e ovos fritos! Ficamos todos amigos! rsrsrs. Curtimos um pouco mais da cachoeira delííícia e seguimos viagem!

Próxima parada: Fervedouro do Ceiça, um dos mais famosos do Jalapão! Ele é todo rodeado de bananeiras, lindíssimo! Podem entrar até 6 pessoas de uma vez, maaaas mais uma vez demos a sorte de desfrutar dessa belezura sozinhos! Ah, esqueci de falar lá em cima, mas é necessário pagar para entrar nos fervedouros! Esse do Ceiça é o mais caro, R$20 por pessoa! O restante não passa de R$15. É uma experiência única, que vale cada centavo! Saindo do Ceiça, aproveitamos para passar em um último fervedouro, do Sono! Foi o menor deles, mas o mais forte!!!! A água te empurra com muita força para a superfície e a chão parece não existir! Confesso que tinha medo de ficar lá dentro sem o Rafael.... Parecia que uma hora ou outra alguma coisa ia me puxar para aquela areia e nunca mais eu voltaria! rsrs

De lá, fomos curtir o fim de tarde nas Dunas do Jalapão!!! Quando a gente pensa que já viu tudo de mais lindo nesse lugar, ele vem e surpreende mais uma vez! Que delícia de fim de tarde! Agora, para chegar nesse lugar é imprescindível 4x4, pois o chão é de muita areia! Rafael que dirigiu a viagem toda e ele disse que foi nesse trecho que ele deu valor à tração nas 4 rodas! hehehe

Lembra da Serra do Espírito Santo? A erosão dela é responsável pela formação das Dunas! O vento, chuva e sol vêm desgastando a Serra e os resquícios vão formando os montes dourados de areia.

Nossa última noite foi na beira do Rio Novo, mais uma vez! Só que não teve camping nem nada! À noite, só a escuridão e o barulho da água corrente mesmo!

Pela manhã, um último banho no Rio Novo e partiu pegar essa longa estrada até Brasília. A distância não é tão grande, mas a estrada de chão garante umas horinhas a mais dentro do carro! Após 11h e uma tempestade em Campos Belos, chegamos em Brasília!

Conclusões:

1) O Jalapão não é esse mistério todo que as pessoas dizem! Um 4x2 alto se sai bem na época da seca, a estrada é bem mista, estrada de chão com cascalho, trechos de areia, trechos mistos.

2) Se você ler sobre os lugares que pretende ir, der uma olhada em mapas e tiver um GPS, pode meter a cara! Um guia não faz a menor falta (a menos que vc queria dar uma passada no Cânion Encantado primeiro.... hehehehe).

3) É MUITO quente! Leve roupas frescas, protetor solar e água! Água gelada!

4) Passar todos esses dias sem celular é bom demais!

5) Apesar de haver pousadas em algumas cidadezinhas, acampar sempre é uma boa! Além de economizar dinheiro, você também economiza tempo com deslocamento. Ah, levar comida não é tão necessário, mas é bom ter lanchinhos reserva.

6) Caso opte por não acampar, hospede-se na cidade de Mateiros pois os melhores atrativos são próximos de lá.

7) A estrada na maior parte do percurso é bem cansativa.

8) Seja um viajante consciente, leve seu lixo com você e evite entrar nos fervedouros com protetor solar.

Esperamos incentivar vocês a conhecer esse lugar lindo!!!!


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